Ainda sob risco
A sobrevida de Jean Paul Prates no comando da Petrobras não significa que a pressão sobre o presidente da estatal tenha diminuído. São três as exigências principais que aliados fazem ao petista: investimentos na transição energética; retomada da indústria naval com conteúdo nacional; e mudanças mais efetivas na política de preços dos combustíveis.
A avaliação, feita até por quem apoia a gestão do petista à frente da petroleira, é que ele até o momento entregou pouco, como noticiou o Bastidor quando a fritura de Prates atingiu seu ápice.
A permanência do ex-senador como CEO da Petrobras se deu mediante à ponderação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e ao compromisso de avançar no que Lula e o PT consideram ideal para a empresa. Uma administração que não busque realizar as três exigências petistas será fatal para Prates.
A contestação ao presidente da Petrobras parte até de petroleiros sindicalizados, historicamente ligados ao PT, que ocupam cargos de direção na estatal. Eles reconhecem publicamente melhorias desde que Prates assumiu o comando da empresa, mas, assim como governo, consideram tímidos os movimentos do CEO.
Dividendos
Após divergências entre o governo e o comando da Petrobras, o conselho de Administração da estatal decidiu propor o pagamento de 50% dos dividendos extraordinários aos acionistas. Membros da gestão Lula e o próprio presidente defendiam a retenção dos valores para que fossem usados em investimentos. Prates foi contrário à posição do Palácio do Planalto, o que desagradou ministros e aliados na direção da empresa.
A decisão de pagar os 50% foi vista como um “meio termo” menos traumático para a empresa, o governo e os acionistas, mas não a ideal pelo comando petista e por petroleiros ligados ao partido.
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