Contra o tempo
A Agência Nacional de Energia Elétrica se reunirá a partir das 11h desta sexta-feira (27) para discutir a compra da Amazonas Energia pela Âmbar Energia, empresa do grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista. A reunião extraordinária foi confirmada aos diretores do órgão regulatório no começo da manhã de hoje, dia em que termina o prazo de 48 horas para a Aneeel avalizar a operação.
O encontro desta sexta-feira acontece após a Aneel recorrer da decisão de primeira instância que a obrigou a regulamentar a compra da Amazonas Energia e não receber qualquer parecer do Tribunal Regional Federal da 1ª Região sobre o assunto. O recurso foi apresentado na quarta-feira (25).
Fontes da agência afirmam que a procuradoria do órgão se reuniu com o relator do caso na corte, o desembargador Newton Ramos, e que os advogados do órgão consideraram a conversa animadora. De acordo com funcionários da Aneel, o desembargador mostrou conhecimento do assunto e fez perguntas importantes para o caso. Porém, não decidiu até agora.
No recurso, a agência diz que a decisão de primeiro grau, obrigando-a a avalizar a compra da Amazonas, afronta decisão anterior do próprio desembargador, que negou a existência de demora, pela Aneel, em analisar o caso.
Fontes da J&F afirmam que a pressa mais prejudica a Âmbar do que ajuda o negócio. Creditam a busca por celeridade à atual gestão da Amazonas, que não quer assumir a dívida de 12 bilhões de reais. Isso pode acontecer caso a venda não seja concretizada dentro do prazo de validade da medida provisória do governo que cria condições para a operação. Ela perde a validade em 16 de outubro.
A ausência de decisão fez com que diretores da Aneel e representantes da Âmbar se reunissem na tarde de quinta-feira (26), para discutir balizas de um possível acordo. A proposta inicial da empresa da J&F foi pagar 6,5 bilhões de reais, dos 12 bilhões de reais em passivos da Amazonas, até 31 de dezembro deste ano. A diferença seria parcelada em 14 anos.
Há ainda discussões sobre os custos da operação da Amazonas, caso a Âmbar assuma o controle da empresa. Esse cálculo envolve os custos operacionais, a compra da energia a ser distribuída e o prazo para acomodação desses montantes ao longo do contrato, pois é esperado que, um dia, haja lucro na operação. A conta é feita com base nos ciclos do setor, contados a cada quinquênio.
Após negociação com empresa fracassar, banco busca novo parceiro para operar linha de microcrédito
Leia MaisGrande parte das casas de apostas autorizadas pelo governo tem registro em paraísos fiscais
Leia MaisSegundo turno em Goiânia será ensaio da disputa por espaço dentro da direita em 2026
Leia MaisFrederico Siqueira Filho, presidente da estatal, responde a ação por improbidade administrativa
Leia MaisPartido ganhou mais prefeituras que em 2020, mas nenhuma delas é importante
Leia MaisTribunal arbitral determina que a Eldorado Celulose pague os dividendos referentes ao ano de 2023
Leia MaisLula e Bolsonaro ensaiaram, mas não houve reedição de 2022: quem ganhou mesmo foi o Centrão
Leia MaisPSD se torna o campeão de prefeituras, toma o lugar do MDB e ganha musculatura para 2026
Leia MaisEleitor vereador em Balneário Camboriú, Jair Renan é o quarto filho de Jair Bolsonaro na política
Leia MaisEm Alagoas, senador do MDB elege mais prefeitos que seu inimigo, o presidente da Câmara
Leia MaisEleições terminam no primeiro turno em 11 capitais, neste domingo; outras 25 terão segundo turno.
Leia MaisCom apoio envergonhado de Bolsonaro e Lula, Nunes e Boulos vão disputar o segundo turno em São Paulo
Leia MaisDos 16 municípios do Amapá, senador favorito a assumir o comando do Congresso elege aliados em 10
Leia MaisPresidente diz que apresentará novas regras para as bets, mas se não fizer efeito tentará proibir.
Leia MaisPresidente do TSE, ministra Cármen Lúcia diz que eleições municipais estão ocorrendo na normalidade.
Leia Mais