Eleição, não

Redação
Publicada em 16/05/2025 às 16:54
Ednaldo Rodrigues e Fernando Sarney brigam no STF pelo comando da CBF Foto: Divulgação CBF

Horas após o interventor Fernando Sarney marcar a data das eleições na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nesta sexta-feira (16), o presidente afastado, Ednaldo Rodrigues, acionou o Supremo Tribunal Federal para tentar suspender o pleito.

A votação está marcada para o dia 25. O edital será publicado neste sábado, e as chapas interessadas terão de domingo (18) até terça-feira (20) para se registrar. Serão escolhidos o presidente, oito vice-presidentes e os membros do Conselho Fiscal, com mandatos até 2029.

Na petição encaminhada ao STF, a defesa de Ednaldo argumenta que a eleição foi marcada às pressas e pode ser anulada poucos dias depois, porque no dia 28 o Supremo julgará a ação que discute se Ednaldo deve ou não voltar ao comando da CBF.

Segundo os advogados, se ele for reconduzido ao cargo após a votação, a entidade pode enfrentar um cenário de duplicidade de mandatos, com duas diretorias disputando o poder, o que comprometeria a governança da confederação.

A defesa também cita os riscos de punições internacionais. FIFA e Conmebol alertaram que não aceitam interferência judicial nas federações nacionais e podem proibir a participação da Seleção Brasileira em competições organizadas por elas. Ambas não reconhecem Fernando Sarney como representante legítimo da CBF.

Além da suspensão da eleição, Ednaldo pede que o Supremo reconheça a ilegalidade da nomeação de Sarney como interventor. Ele argumenta que, conforme o estatuto da entidade, em caso de afastamento do presidente, o cargo deve ser ocupado interinamente pelo dirigente mais antigo — no caso, Hélio Menezes.

A ação de Ednaldo está nas mãos do ministro Gilmar Mendes. Foi ele quem concedeu, no passado, a liminar que manteve o dirigente no cargo por mais de um ano, mesmo após decisão judicial que determinava seu afastamento e a nomeação de um interventor.

Em agosto de 2023, a CBF firmou uma parceria com o IDP (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Pesquisa), fundado por Gilmar Mendes e atualmente presidido por seu filho, Francisco Mendes. Após questionamentos, a notícia da parceria foi retirada do site da entidade.

Leia a íntegra do pedido de Ednaldo:

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