Cana na lua

Redação
Publicada em 03/03/2025 às 14:07
O discurso de Eike foi recheado de grandes intenções, mas com pouco apego a questões práticas. Foto: Divulgação/Lide

O empresário Eike Batista ressurgiu na última semana para anunciar o lançamento de sua própria criptomoeda, a $EIKE. Vinculado ao projeto está uma nova promessa do empresário: a produção de uma super cana para fazer etanol e combustível sustentável de aviação. A cana de açúcar modificada geneticamente seria, ao menos em tese, o lastro da nova criptomoeda.

O discurso de Eike foi recheado de grandes intenções, mas com pouco apego a questões práticas. O empresário disse que o projeto da cana será “revolucionário no âmbito da transição energética”. Ignorou as contestações de especialistas e do agronegócio sobre a viabilidade da super cana. Grandes nomes do setor se recusaram a apostar em Eike.

As desconfianças com o projeto não são sanadas nem por Eike, muito menos pelos parceiros do empresário do negócio. Participam da empreitada o também empresário Mario Garnero, da Brasil Invest, pelo fundo soberano Abu Dhabi Investment Group (ADIG) e pela General Finance Capital, dos Estados Unidos.

Não está claro ainda como se daria a participação de cada um negócio. O que se sabe é que os investimentos seriam na ordem de 500 milhões de dólares. O objetivo é plantar 70 mil hectares da super cana com três unidades de moagem de quatro milhões de toneladas cada.

Há muitas dúvidas. A começar pelos investidores. No Brasil, o fundo ADIG ganhou destaque depois que o CEO, Zayed Bin Aweidha, foi recebido pelo presidente Lula no Palácio do Planalto. Quem os apresentou foi Mario Garnero, o empresário que também está metido na super cana do Eike.

O fundo, deste então, tem prometido investimentos no Brasil. Diz que vai pôr dinheiro em grandes projetos de infraestrutura. Com o ressurgimento de Eike, apareceu um CEO do fundo montado a partir do Brasil Invest, do Abu Dhabi Investment Group e da General Finance Capital: o fundo Brasilinvest-ADIG, que está sediado em Nova York. Trata-se de Renato Costa.

Em entrevista, ele disse que há disponíveis 100 bilhões de dólares para se investir no Brasil. Citou possibilidades de aportar recursos em projetos de infraestrutura, meio ambiente, indústria, aeroespacial, comunicações, saúde, imobiliário, tecnologia e automotivo. 

Desse valor, 30 bilhões de dólares seriam destinados somente para infraestrutura. Para começar, ele fala em investimentos em três portos e uma ferrovia que ligaria Terra Roxa, no Paraná, a Arroio do Sal, no Rio Grande do Sul. Não deu mais detalhes.

A promessa é receber pelo site do fundo sugestões de projetos da iniciativa privada e ajudar a desenvolver. Sem deixar de lado o que é tratado como prioridade pelo poder público.

Até agora nada saiu do papel.

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