O contragolpe é seu
Com o intuito de evitar que pessoas comuns sejam vítimas de golpes, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lançou uma campanha de conscientização sobre as fraudes mais comuns e como evitá-las. Uma pesquisa do Datafolha, divulgada em agosto deste ano, apontou que mais de 4,6 mil tentativas de golpes financeiros são aplicadas por hora no Brasil.
A campanha intitulada "Se é golpe, tem contragolpe" traz em uma série de vídeos nos quais o humorista Fábio Porchat alerta os usuários sobre as principais táticas dos golpistas para ter acesso a contas bancárias. Segundo um estudo da Clearsale, empresa especializada no combate a fraudes desse tipo, só no primeiro semestre de 2024 os criminosos conseguiram captar mais de 1,2 bilhão de reais, enganando pessoas comuns que repassam seus dados aos ladrões.
Em um dos vídeos, Porchat lembra que os bancos não ligam para os clientes pedindo dados de cartões como senhas e códigos de segurança, por exemplo. Por padrão, funcionários de instituições financeiras são proibidos de solicitar tais informações. Assim, quando alguém liga e diz que precisa desses números para realizar alguma operação, é golpe.
A orientação dos vídeos e da própria Febraban é que os clientes desliguem o telefone imediatamente. Se houver insistência dos golpistas, é possível ainda denunciar o caso à polícia. As pessoas que forem alvo dessas tentativas de golpe devem também informar os bancos, para que sejam feitos bloqueios de senhas, aplicativos e outras formas de acesso às contas.
A iniciativa da Febraban tem parceiros como a Polícia Federal, Banco Central, Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), a Associação Brasileira de Telesserviços e a Zetta, organização sem fins lucrativos que representa o setor financeiro e de instituições de pagamento.
Ainda de acordo com a Febraban, a campanha será exibida nos meios de comunicação tradicionais como rádio e TV, mas terá foco principalmente em redes sociais e outros veículos de mídia online. A internet também é um dos espaços preferidos dos criminosos para aplicar golpes. No site da Febraban é possível conferir ainda mais dicas.
Além dessa iniciativa, segundo a Febraban, o sistema bancário nacional deverá investir cerca de 48 bilhões de reais em tecnologia e segurança da informação em 2024. O objetivo é fortalecer ainda mais a confiabilidade dos processos financeiros e reduzir o risco de fraudes.
Outras medidas de segurança incluem o projeto Tentáculos. Por meio dele, 29 instituições financeiras, mediadas pela Febraban, compartilham dados suspeitos com as autoridades investigativas. De 2018 a 2023, as informações ajudaram a polícia a realizar mais de 200 operações contra golpistas, que geraram 81 prisões.
Também há investimentos em plataformas de autenticação e segurança dos usuários, como reconhecimento biométrico, criptografia e inteligência artificial para a prevenção de riscos.
Mais recentemente, a Febraban assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério da Justiça e Segurança Pública. A parceria prevê o compartilhamento mais rápido de dados que possam subsidiar investigações sobre movimentações financeiras suspeitas de fraudes ou outras irregularidades.
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