Os termos do acordo de Moro com o União Brasil

Sergio Moro largou o Podemos rumo ao União Brasil. Só falta anunciar oficialmente. A mudança vem poucos dias depois da reunião do ex-juiz da Lava Jato e Luciano Bivar. Um dos termos para a migração foi a desistência da candidatura ao Palácio do Planalto.

O motivo foi óbvio: Moro não engrenou como candidato a presidente, mas pode angariar muitos votos se disputar uma vaga no Congresso. ACM Neto, como noticiou o Bastidor, quer o ex-ministro de Jair Bolsonaro disputando uma cadeira na Câmara.

Caso isso ocorra, o ex-juiz pode até mudar seu domicílio eleitoral para São Paulo - que tem a maior bancada da Câmara e um gigantesco potencial de votos. No começo deste ano, interlocutores de Moro consultaram especialistas para saber até quando exatamente o ex-ministro poderia mudar seu domicílio eleitoral e o cargo pelo qual disputaria. Ele tem até este sábado (2/4) para migrar rumo aos ares paulistas.

Mas nada está definitivamente decidido porque é preciso esperar uma nova pesquisa sem João Doria, caso ele desista mesmo da disputa presidencial. Se Moro crescer (algo que não aconteceu até agora), os planos podem mudar.

A possível saída do governador de SP da disputa e a migração de Moro estão ligadas, mesmo que não combinadas. Interlocutores da (suposta) terceira via perceberam que o tempo é escorreito e que um nome do grupo - que ainda será discutido - já deveria ter colocado o carro na rua para disputar com a polarização Jair Bolsonaro-Lula.

O Bastidor já mostrou que os nomes preferidos entre alguns interlocutores paulistas da terceira via são Eduardo Leite e Simone Tebet.