Moro incendeia União Brasil; ex-juiz pode ficar de fora das eleições
Sergio Moro conseguiu acelerar o que muitos acreditavam que demoraria: rachou o União Brasil. O ex-juiz combinou a migração do Podemos com Luciano Bivar; ambos deram a entender a ACM Neto que o paranaense disputaria uma vaga à Câmara por São Paulo. Mais cedo, o ex-ministro disse que não havia desistido de nada.
A fala causou indignação em parte do União Brasil - e, em especial, na ala egressa do DEM, liderada por ACM Neto. Esse grupo expressivo avalia que Moro quebrou sua palavra. Ato contínuo, ACM Neto colocou sua equipe para redigir um pedido de impugnação do ex-juiz. Quer impedir que a filiação dele ao partido seja confirmada. Ou, no mínimo, quer enquadrá-lo.
O pedido deve ser apresentado nas próximas horas, com o argumento de que o grupo de ACM Neto não foi devidamente consultado pela ala bivarista. O estatuto do partido exige que uma filiação alvo de impugnação seja validada por 60% dos integrantes da comissão instituidora do União Brasil - que tem 17 pessoas. É essa comissão que ratifica qualquer filiação.
Como o grupo de ACM Neto tem 49% do controle da direção do partido (8 integrantes), consegue impedir que a filiação do ex-juiz seja confirmada. Uma fonte do União Brasil afirmou que a chegada de Moro prejudicou muitos palanques estaduais do partido. Se o ex-juiz não capitular, dizendo com todas as letras que vai desistir de disputar a Presidência, pode ter a filiação negada - e ficar de fora das eleições deste ano.
A janela de filiação partidária para as eleições fechará às 23h59 deste sábado (2). A saída seria achar um partido às pressas, o que será complicado depois do papelão de ontem (quinta) envolvendo o ex-juiz, o Podemos e o União Brasil. Um eleitoralista ouvido pelo Bastidor disse que não há óbice para a impugnação. Explicou que o assunto, por ser interna corporis, cabe apenas à agremiação política.
Correção às 21h30 de 1º de Abril de 2022: O Bastidor informou erroneamente que o fim do prazo para filiação partidária de candidatos que não ocupam cargos eletivos terminaria nesta sexta-feira (1º). A data correta é sábado (2). Pedimos desculpas aos leitores.
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