Bolsonaro manobra vacinas para se fortalecer nos estados
Com a ajuda de seus estrategistas, o presidente Jair Bolsonaro está conseguindo manobrar politicamente dois grandes ativos em seu favor: vacinas e a Copa América - ou a combinação das duas coisas.
O caso mais recente envolve Cuiabá, escolhida como uma das sedes da Copa América. O governado Mauro Mendes açodou-se e se posicionou a favor da realização do evento. Perdeu pontos com parte da opinião pública, mas imaginou estar sendo leal com o Planalto.
Enquanto isso, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, foi mais cauteloso. Disse apenas que talvez não fosse o melhor momento de sediar a Copa América. Mas aproveitou a oportunidade para articular com o Planalto uma grande quantidade de vacinas para a população da cidade, como contrapartida a um evento que acontecerá de qualquer forma.
Anteontem, o presidente recebeu o prefeito no Planalto e prometeu doses imediatas para imunizar os cidadãos de Cuiabá. Acionou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que assegurou: a ordem será cumprida.
Diante do ganho político do prefeito, seu adversário local, o governador de Mato Grosso ligou furioso para interlocutores no Planalto. Apesar do desgaste com Mauro Mendes, que provavelmente será contornado, o presidente caminhou para conquistar mais um aliado - e o prefeito, caso o movimento dê certo, terá um ativo formidável paras próximas eleições.
O episódio de Cuiabá expõe a estratégia de Bolsonaro de criar o máximo de oportunidades para conquistar aliados locais, de modo a construir e fortalecer seus palanques para 2022. São movimentos que costumam ficar abaixo do radar da opinião pública. Mas que podem contribuir decisivamente para a candidatura à reeleição de Bolsonaro.
Embora a distribuição de vacinas precise atender ao cronograma do Ministério da Saúde, aliados do presidente enxergam margem de manobra para usar as remessas - em número e ritmo de entrega - como expediente político.
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