Apanhou e não ganhou
Primeira feita após a cadeirada, a pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (18) reforça a percepção que o candidato Pablo Marçal, do PRTB, pode ter atingido seu teto na disputa pela prefeitura de São Paulo. O resultado geral ainda é um empate técnico entre o prefeito Ricardo Nunes, do MDB, com 24%, Guilherme Boulos, do Psol, com 23%, e Marçal com 20%. Mas o quadro é desfavorável ao ex-coach, em comparação a uma semana atrás.
Feita entre domingo (15) e terça-feira (17), a pesquisa Quaest é a primeira a captar o efeito da cadeirada aplicada pelo candidato José Luís Datena, do PSDB, em Marçal no debate da TV Cultura, no domingo (15).
São quatro os principais sinais do possível esgotamento de Marçal:
- em uma semana, Marçal oscilou três pontos percentuais para baixo, de 23% para 20%, dentro do limite da margem de erro
- sua rejeição cresceu de 41% para 45% após o episódio, atingindo seu nível mais alto
- aumentou o percentual de eleitores que dizem poder abandonar Marçal: caiu de 66% para 60% a fatia de eleitores que dizem já estar decididos a votar nele
- Datena, seu algoz, oscilou dois pontos para cima, de 8% para 10% (dentro da margem de erro). É a primeira vez, desde que as pesquisas começaram, em julho, que as intenções de voto nele sobem; antes só despencavam
Em resumo, Datena só ganhou intenções de voto depois que deu uma cadeirada em Pablo Marçal. É como se parte dos eleitores paulistanos premiasse o apresentador pelo ato. Diante dos dados, a conclusão óbvia é que Pablo Marçal perdeu com o caso, em vez de ser abraçado como vítima.
É verdade que na pesquisa Datafolha da semana passada já era possível ver um freio na onda pró-Marçal. Mas a Quaest traz algo diferente: apesar do teatro feito após o episódio - com vídeos de uma viagem ao hospital de ambulância, fotos na cama e diagnóstico exagerado de fratura -, Marçal não trouxe eleitores para o seu lado.
Sua técnica de exposição, que funciona bem para um coach nas redes sociais, não teve o mesmo efeito numa campanha política, onde ele e sua equipe não controlam todos os aspectos da produção da imagem e o ambiente.
Apanhar e ainda ser condenado pelos eleitores é um sinal inequívoco de derrota de Pablo Marçal no episódio.
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