Uma Sarney sob suspeita
A desembargadora Nelma Celeste Sousa Silva Sarney Costa voltou a ser alvo de uma ordem de afastamento das atividades no Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA). Ela é suspeita de participar de um esquema de venda de sentenças na corte, que envolve outros desembargadores e juízes, além de um grupo de advogados.
A decisão foi tomada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), no despacho que autorizou a operação 18 Minutos, deflagrada nesta quarta-feira (14). Entretanto, no caso de Nelma, a ordem não precisou ser cumprida, pois ela já estava fora das atividades por conta de outra investigação, em curso no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que a retirou da magistratura por dois anos, em virtude de uma suspeita de fraude em um concurso público para cartorários.
Nelma é cunhada do ex-presidente José Sarney. Em 2013, tentou uma vaga no STJ, mas foi preterida na disputa.
A operação 18 Minutos investiga um esquema pelo qual advogados são suspeitos de convencer pessoas a processar entidades públicas, como o Banco do Nordeste (BNB). Nessas ações, eles combinavam com os juízes sentenças favoráveis, que lhes dariam uma boa quantia a receber, além dos honorários que já seriam determinados pelos magistrados.
O nome da operação surgiu em decorrência de um dos casos investigados. Segundo a Polícia Federal, um advogado conseguiu no TJMA uma ordem de pagamento do BNB, no valor de 14 milhões de reais. Apenas 18 minutos depois, o valor já estava sendo retirado da conta judicial determinada pela Justiça. A rapidez chamou a atenção do banco, que foi à Justiça para tentar reverter a decisão, o que acabou revelando a fraude.
Além de Nelma, foram citados os desembargadores Marcelino Everton Chaves, Luiz Gonzaga Almeida Filho, Antônio Pacheco Guerreiro Júnior e os juízes Cristiano Simas de Sousa e Alice de Sousa Rocha. Também aparecem nas investigações o ex-juiz Sidney Cardoso Ramos, o ex-deputado federal Edilázio Gomes da Silva Júnior e Frederico de Abreu Silva Campos.
A operação cumpriu 55 mandados de busca e apreensão no Maranhão, Pará e Rio de Janeiro. O STJ determinou também a indisponibilidade de bens dos investigados e o afastamento de cargo de quem ainda ocupava funções públicas. Ninguém foi preso até o momento.
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