O jogo se equilibra no TSE
André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, toma posse hoje como ministro efetivo do Tribunal Superior Eleitoral. Ele ocupará a vaga aberta com a saída do ministro Alexandre de Moraes do colegiado. A ascensão dele muda o equilíbrio de forças na corte.
Na atual composição, já estão presentes os ministros Kassio Nunes Marques e Raul Araújo. Ambos não se alinham a Moraes e à ala do Judiciário contrária a Bolsonaro.
Atualmente, o TSE é presidido pela ministra Cármen Lúcia. Caberá a ela a organização das eleições municipais deste ano. Para as eleições presidenciais de 2026, esse papel ficará a cargo de Nunes Marques, com Mendonça na vice-presidência.
Além dos dois, o colegiado também conta com a ministra Isabel Galotti, que deve permanecer no TSE até 2025. Embora tenha perfil mais discreto, é casada com o ministro do Tribunal de Contas da União Walton Alencar Rodrigues. O casal também é próximo do ex-presidente e chegou a oferecer jantares para Bolsonaro e a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Sem maioria
Com esse cenário, a esquerda e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva provavelmente terão mais dificuldade em ver sanções contra o ex-presidente nos julgamentos do TSE nos próximos anos. Ainda que a presidente resolva dar vazão aos anseios da esquerda e pautar ações que possam complicar ainda mais o próprio Bolsonaro ou apoiadores, há apenas dois ministros que poderiam se dispor mais facilmente a se juntar aos interesses do Palácio do Planalto.
São eles os ministros Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares. A dupla pertence ao quinto constitucional da advocacia e foi nomeada por Lula, em 2023, para os mandatos que agora cumprem no TSE. Devem ficar nos postos até 2025. Antes, portanto, das próximas eleições presidenciais.
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