Com os pés no golpismo

Redação
Publicada em 17/10/2024 às 14:52
Gonet se manifesta pela primeira vez associando minuta de golpe a atos do dia 8 de janeiro de 2023 Foto: Danilo Verpa/Folhapress

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, associou pela primeira vez a suspeita de tentativa de golpe de estado orquestrada por Jair Bolsonaro e aliados no governo com os atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023. Segundo reportagem do Uol, a manifestação se deu no inquérito que corre sob sigilo, no Supremo Tribunal Federal.

O posicionamento de Gonet se deu em resposta a uma série de pedidos da defesa do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, para desbloqueio de bens apreendidos na Operação Tempus Veritatis, como relógios de luxo e 53 mil reais em dinheiro. Valdemar também pediu a suspensão de medidas cautelares, como a proibição de contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

No documento, segundo a reportagem, Gonet disse que os itens não devem ser devolvidos, pois há a possibilidade de os investigados serem responsabilizados pelos prejuízos provocados pelos golpistas do 8 de janeiro. De acordo com o procurador-geral, os atos de vandalismo geraram cerca de 26 milhões de reais em danos ao patrimônio público.

"Os elementos de convicção até então colhidos indicam que a atuação da organização criminosa investigada foi essencial para a eclosão dos atos depredatórios ocorridos em 8.1.2023", disse Gonet. É a primeira vez que uma investigação liga os dois episódios.

Na prática, Gonet afirma que não vai devolver os itens porque há indícios de que os aliados do golpe têm ligações com a depredação de Brasília em 8 de janeiro. É uma suspeita de longa data. A frase de Gonet sugere que a PGR pode ter elementos de prova disso.

A operação Tempus Veritatis apura a confecção da minuta do golpe, um rascunho de decreto presidencial que melaria a eleição de 2022. Segundo a Polícia Federal, Bolsonaro e assessores próximos participaram ativamente da produção do documento. Valdemar Costa Neto é investigado por ter cedido o acesso a um imóvel alugado pelo PL, onde os assessores de Bolsonaro preparavam e discutiam ações que poderiam resultar num golpe de estado para manter o então presidente no poder, mesmo com a derrota nas urnas.

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