Bomba com Moraes

Karen Couto
Publicada em 14/11/2024 às 17:24
Investigações preliminares apontam que Francisco Wanderley queria atingir Alexandre de Moraes Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O inquérito sobre o atentado a bomba na Praça dos Três Poderes, ocorrido na noite de quarta-feira (13), ficará com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A escolha do relator foi preventiva, sem sorteio. Moraes também é relator dos inquéritos das Fake News, Milícias Digitais e Atos Antidemocráticos.

O presidente do STF, Luis Roberto Barroso avaliou que que o caso tem ligação com os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, quando prédios públicos em Brasília foram invadidos. Essa relação endereçou a investigação ao gabinete de Moraes.

Segundo a Polícia Federal, o autor das explosões, o chaveiro Francisco Wanderley Luiz, teria feito publicações em redes sociais com ataques ao Judiciário e convocando para uma “revolução” e “tomada de poder”.

Por volta das 19h30 de ontem, Francisco tentou invadir o prédio do STF e lançou explosivos na direção do edifício. Minutos antes, ele havia acionado bombas que estavam em seu carro, estacionado ali perto, no Anexo IV da Câmara dos Deputados. Francisco se matou com uma bomba em frente ao STF.

Natural de Santa Catarina, ele mudara há quatro meses para Ceilândia, a 30 quilômetros do centro de Brasília. Na casa alugada, a polícia encontrou explosivos do mesmo tipo usado no ataque, além de um notebook e um pendrive.

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que o caso é investigado como terrorismo e disse haver sinais de um planejamento de longo prazo. Localizada pela PF em Santa Catarina, a ex-esposa disse que Francisco planejava o atentado há meses e que, desde a eleição de 2022, ele pretendia matar o ministro Moraes.

Mesmo sendo alvo do atentado, Moraes relatará o inquérito. As investigações que concentram crimes contra o STF começaram em 2019, com o inquérito das Fake News, aberto pelo então presidente do Supremo, Dias Toffoli, sem pedido da Procuradoria-Geral da República, o que gerou controvérsias.

Em 2020, o plenário do STF confirmou a legalidade do inquérito, defendendo que a Corte pode abrir investigações quando ameaças a ela mesma ou ao Estado de Direito são identificadas.

Desde então, o inquérito das fake news deu origem a novas investigações sobre atos antidemocráticos e milícias digitais, todas sob a relatoria de Moraes, que agora adiciona o atentado na Praça dos Três Poderes.

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