Assim como deputado cassado pelo TSE, Bolsonaro disse em 2018 que havia fraude nas eleições
O deputado estadual Fernando Francischini foi cassado hoje pelo TSE e ficará inelegível até 2026 porque divulgou acusações infundadas sobre fraude nas eleições. A decisão, da qual ainda cabe recurso, foi tomada porque o político afirmou, em 2018, que urnas eletrônicas foram alteradas para impedir a vitória do então candidato Jair Bolsonaro.
Apesar da punição ao seguidor, o capitão da "tropa" tem escapado ileso da Justiça Eleitoral. Até o momento, a medida mais grave adotada pelo TSE foi abrir inquérito administrativo contra Bolsonaro. A investigação foi pedida pelo presidente da corte, Luís Roberto Barroso, ao corregedor-geral do tribunal, Luis Felipe Salomão - que será substituído por Mauro Campbell a partir de amanhã.
Em 2018, Bolsonaro afirmou diversas vezes, inclusive em entrevista ao "Roda Viva", que as urnas eletrônicas poderiam ser fraudadas para impedir sua chegada à Presidência da República.
"Eu lamento que a senhora Raquel Dodge tenha prestado um desserviço à sociedade há poucas semanas. Por intermédio de uma ação dela, o Supremo derrubou a possibilidade do voto impresso nessas eleições. Ou seja, vamos continuar sob a suspeição da fraude, e o voto é uma coisa sagrada da democracia", disse Bolsonaro durante o programa da TV Cultura.
A campanha em prol do discurso da fraude eleitoral foi tamanha que o TSE removeu, até o segundo turno das eleições de 2018, 55 links compartilhados por Bolsonaro com mensagens colocando em xeque a lisura das eleições no Brasil.
Esse discurso era (e ainda é) somado ao suposto risco de retorno petista ao poder. Em setembro de 2018, enquanto se recuperava da facada que levou durante a campanha, Bolsonaro dizia que Haddad, se eleito, concederia indulto a Lula - à época preso por causa da Lava Jato.
"Você aceitaria passivamente, bovinamente, ir para a cadeia?", questionou Jair à época.
Mas um retorno ao passado mostra como Bolsonaro tornou-se um especialista em confundir a opinião pública. Em 1993, o então deputado federal disse que era preciso implantar urnas eletrônicas para impedir fraudes contra miltares da reserva interessados em ingressar na política.
"Não querem informatizar as apurações pelo TRE. Sabe o que vai acontecer? Os militares terão 30 mil votos e só serão computados 3 mil", afirmou o capitão reformado naquele ano.
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