PF obtém indícios de corrupção no Ministério da Saúde

Diego Escosteguy
Publicada em 13/07/2021 às 06:00
Foto: Pedido de Roberto Ferreira Dias para que a Anvisa liberasse a importação da Covaxin

A Polícia Federal avançou rápido na investigação acerca da compra da vacina Covaxin e já obteve indícios de que havia um esquema de corrupção no Ministério da Saúde. De acordo com as evidências preliminares, o lobista Francisco Emerson Maximiano, o Max, está numa ponta dele.

Para chegar à outra ponta, os investigadores precisam de medidas mais invasivas e sigilosas. Estão confiantes de que vão esclarecer o caso da vacina indiana - e de que esse caso permitirá o desbaratamento de uma ou mais organizações criminosas em atividade na pasta.

Os investigadores já ouviram as principais testemunhas do caso e detectaram fortes inconsistências em alguns desses depoimentos. Também obtiveram documentos considerados valiosos. Avaliam que a hipótese criminal está se mostrando correta. Roberto Ferreira Dias, o homem do centrão que assinou o contrato de US$ 300 milhões do Ministério da Saúde com a Precisa Medicamentos do lobista Max, é um dos personagens mais relevantes do caso.

Há uma tempestade de investigações acerca da Covaxin e dos negócios brasilienses de Max e seu grupo. Além da PF, participam das apurações o Ministério Público Federal, a Receita, a CGU, o TCU e, claro, a CPI da Pandemia.

Há um contraste entre essas investigações e aquela aberta pela PF para apurar a suspeita de prevaricação do presidente Jair Bolsonaro no caso Covaxin - ele foi alertado do esquema pelo deputado Luis Miranda, mas diz ter ficado satisfeito com a resposta negativa do general da ativa Eduardo Pazuello, então ministro da Saúde.

Não ter acionado a PF ao saber do alegado esquema é insuficiente para caracterizar prevaricação, segundo o entendimento inicial de quem acompanha o inquérito. Mesmo que se comprove a omissão intencional do presidente, ninguém na PF espera que a Procuradoria-Geral da República apresente uma denúncia contra ele.

Alguns dos principais gabinetes do Supremo já fizeram chegar à PF que, no que depender do tribunal, a investigação do caso Covaxin chegará a bom termo. Os ministros foram informados de que as implicações do inquérito são mais amplas e profundas do que podem parecer à primeira vista. Não se restringem aos personagens já conhecidos do grande público.

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