Petrobras não sabe tudo
A diretoria de Governança e Conformidade da Petrobras, responsável pelo compliance da empresa, não capturou nos últimos anos vários indícios de conflito de interesse que envolvem empregados, diretores e fornecedores da petroleira. A avaliação foi feita pela Controladoria-Geral da União.
Relatórios internos da Petrobras apontam 2.517 potenciais conflitos de interesse na empresa nos anos de 2018 e 2020.
Segundo a CGU, os números não representam o total de conflitos de interesse. A Controladoria identificou que as duas principais bases de dados corporativas usadas pela Petrobras não permitem alcançar todas as possíveis relações de parentesco que caracterizam conflitos de interesse.
Uma auditoria interna apontou ao menos sete situações com potenciais conflitos que não foram captados pela diretoria de Governança e Conformidade da estatal.
No documento referente a 2018, foram identificadas cerca de 1.273 relações de parentesco entre empregados e contratados. A diretoria que cuida do compliance definiu 36 casos para análise.
Dos que são de risco muito alto de possíveis conflitos, três são ocorrências de empregados com função em linha de ascendência hierárquica com o contratado com parentesco; dois são ocorrências de empregados com parentes contratados lotados na mesma gerência, em que o empregado fiscalizava o contrato.
Já os classificados como alto se dividem em: 25 ocorrências de empregados sem função com parentes contratados lotados na mesma gerência setorial e seis ocorrências de empregados com função.
Em 2020, foram identificadas cerca de 800 relações de parentesco entre empregados e contratados. Das 75 situações separadas para análise no primeiro semestre daquele ano, 40 foram casos de contratados atuando na mesma Unidade Organizacional que o familiar (empregado Petrobras) com função de confiança e 35 foram contratados atuando na mesma gerência que o familiar (empregado Petrobras) sem função de confiança.
No segundo semestre, outros 69 casos foram avaliados. Desses, 38 foram casos de contratados atuando na mesma Unidade Organizacional que familiar com função de confiança, um outro foi empregado fiscal de contrato ou gerente do contrato no qual atua o familiar contratado e 30 foram contratados atuando na mesma gerência que familiar (empregado Petrobras) sem função de confiança.
A gestão de governança foi implementada na Petrobras em 2014, no contexto da operação Lava Jato. Dois anos depois, foi aprovado pelo Conselho de Administração o novo modelo de Gestão e Governança da companhia.

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