O drible do Tigrinho
A tentativa do governo de bloquear o acesso a casas de apostas digitais, as chamadas bets, que não se enquadraram na legislação brasileira é ineficaz, segundo a Associação Brasileira de Provedores de Internet (Abrint). De acordo com a entidade, o bloqueio a essas plataformas pode ser facilmente driblado pelos donos das páginas e pelos próprios usuários e é impossível ter controle absoluto.
O Bastidor mostrou que ainda é possível acessar quase todas as mais de 2 mil bets que constam de uma lista com mais de 2 mil sites que não se adequaram às regras impostas pela Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), do Ministério da Fazenda.
No dia 10, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) notificou as mais de 20 mil operadores de internet do país para que impedissem o acesso a essas plataformas. A Abrint garante que as empresas cumpriram a medida, mas que isso não faz muita diferença na prática.
"Apesar dos bloqueios já terem sido implementados, esses sites ainda estão acessíveis porque o bloqueio é facilmente contornável. Usuários podem alterar o DNS para servidores de outros países, que não foram afetados pela medida, e assim acessar os sites normalmente", explica a Abrint.
De acordo com a entidade, essa alteração pode ser feita até mesmo sem que o usuário tenha consciência disso, no momento em que a internet for instalada na casa ou na empresa que usa o serviço. Já as plataformas ilegais também podem criar novos links e distribui-los sem dificuldade em grupos fechados de WhatsApp e Telegram.
Outro problema apontado pela Abrint é que houve um grande volume de solicitações de bloqueio, o que dificultou o trabalho de restrição aos sites. Da mesma forma, é quase impossível ao governo ou a outras entidades fiscalizar a proibição.
"Com a facilidade de contorno por meio de DNS alternativo e a criação constante de novos domínios, monitorar e garantir o cumprimento efetivo da medida se torna um desafio significativo", afirma a Abrint.
A Anatel diz que o papel da agência se restringe a notificar as operadoras de internet, o que já foi feito. A fiscalização das medidas deveria ser realizada pelo Ministério da Fazenda, que não se pronunciou sobre a questão.
Operação da PF assusta por mostrar que, sob Bolsonaro, militares podem matar adversários políticos
Leia MaisInvestigação da PF mostra que general próximo a Bolsonaro elaborou plano para matar Lula e Alckmin
Leia MaisSenacon tenta limitar publicidade de bets, mas falha ao detalhar eventuais punições.
Leia MaisPF prende um dos seus e quatro militares suspeitos de planejar matar Lula, Alckmin e Moraes em 2022
Leia MaisNa miúda, Anatel libera operadora a migrar de regime em acordo que custou 17 bilhões de reais
Leia MaisCade retira poderes da Paper Excellence para ditar os rumos da Eldorado Celulose, do Grupo J&F.
Leia MaisEntidade escolhida sem seleção pública cuidou de organização de evento para 500 mil em Roraima
Leia MaisA pedido de Kassio, PGR diz que falência da Laginha deve correr no TJ de Alagoas, não no Supremo
Leia MaisLula recebe líderes mundiais em um encontro esvaziado pela eleição de Donald Trump nos EUA
Leia MaisJuízes da Laginha remarcam assembleia de credores um dia após Kassio voltar atrás em suspensão dela
Leia MaisJuiz rejeita pedido de fundo de investimentos gerido pela Reag para derrubar decisão contra Copape
Leia MaisIrmãos Batista acionam órgão antitruste na guerra com a Paper pelo controle da Eldorado Celulose
Leia MaisSTF mantém condenação de Collor, que pode cumprir pena em regime fechado
Leia MaisPL e Jair Bolsonaro procuram se afastar do apoiador que se explodiu em frente ao Supremo
Leia MaisInvestigação sobre tentativa de atentado na Praça dos Três Poderes fica com ministro
Leia Mais