A provação de Galípolo
O presidente Lula indicou nesta quarta-feira (28) o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, para ser o próximo presidente do Banco Central, com mandato de 2025 a 2028. Ainda não há uma data para sua sabatina no Senado, mas ele assumirá cargo em janeiro.
Esta é a primeira sucessão no Banco Central dentro das regras da lei da autonomia da instituição, de 2021. Galípolo vai substituir Roberto Campos Neto, que está no cargo desde 2019.
A escolha de Galípolo não é surpresa para ninguém. Lula deverá indicar ainda três novos diretores: o de Regulação e o de Relacionamento, cujos mandatos também terminam este ano, e o substituto de Galípolo na diretoria de Política Monetária.
A questão delicada para os próximos meses será a transição. Desde o ano passado, Lula critica com insistência o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, escolhido por Jair Bolsonaro e mantido no cargo devido à aprovação da lei da autonomia.
Ex-secretário executivo no Ministério da Fazenda, escolhido pelo ministro Fernando Haddad, Galípolo carregará nas costas o fato de ser o preferido de Lula. O mercado exigirá provas de que ele não será leniente com a inflação, não agirá para agradar o presidente da República.
Galípolo trabalhou com o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, próximo de Lula. Por indicação de Belluzzo, em 2007 trabalhou na Secretaria dos Transportes do Estado de São Paulo, na gestão de José Serra. Depois foi para a a Secretaria de Economia do Estado e cuidou de projetos de concessão e Parcerias Público-Privadas.
Ao sair do governo, abriu uma consultoria justamente sobre projetos de concessões. Depois foi presidente do Banco Fator (de 2017 a 2021), instituição que trabalhou bastante com o governo de São Paulo em concessões e privatizações.
Como diretor de Política Monetária do BC, nas últimas semanas Galípolo passou a falar mais em público para transmitir confiança ao mercado em relação à sua postura.
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