5G: interesse da Huawei em rede privada dependerá de regras impostas pelo governo
A Huawei vai definir seu grau de interesse pela rede privativa 5G do governo brasileiro somente depois de publicadas as normas que definirão as balizas para os fornecedores dos equipamentos que irão compor essa estrutura. Na companhia, a paciência (característica conhecida do povo chinês) é o mote, segundo uma fonte que flutua entre a companhia e o setor público durante as discussões do projeto.
A rede privativa é uma das exigências previstas no edital para instalação da tecnologia 5G no Brasil. A estrutura criptografada será usada para o tráfego de informações sensíveis da gestão federal.
De acordo com o edital, esses dados compreendem "atividades de segurança pública, defesa, serviços de socorro e emergência, resposta a desastres e outras atribuições críticas de Estado, incluindo as realizadas por entes federados, bem como para atendimento aos órgãos públicos federais".
O documento também prevê que serão duas redes. Uma móvel, restrita ao Distrito Federal, e outra fixa, que será usada por órgãos públicos federais em todas as capitais.
Há setores do governo que suspeitam da Huawei. Os Estados Unidos - principalmente no governo de Donald Trump, mas também na gestão Joe Biden - acusam os chineses de espionagem e veem na empresa uma porta aberta para tal prática.
Essa mesma fonte afirma que esse ponto não preocupa a companhia, pois toda a tramitação do processo de leilão do 5G tem sido conduzido "tecnicamente pelo governo brasileiro". "Só olhar o edital e as especificações exigidas até agora", diz.
Em março deste ano, Fabio Faria afirmou que "a Huawei não está apta a participar da rede privativa do governo" e destacou que o movimento era adotado por outras nações, como Estados Unidos e Finlândia - a Nokia, empresa de tecnologia do país, é rival da companhia chinesa no fornecimento de equipamentos de telecomunicações.
Afirmou também que tinha conversado com representantes da empresa e que ouviu deles não existir "interesse em fazer a rede privativa do governo [do Brasil]".
Uma portaria do Ministério das Comunicações, segundo especulou-se no começo deste ano, foi um meio de impedir a participação da empresa chinesa na rede privativa brasileira. O texto exigiu dos fornecedores de equipamentos padrões mínimos de segurança, governança corporativa e transparência.
Mas o setor de telecomunicações espera uma nova portaria, voltada aos fornecedores de equipamentos de telecomunicação, com mais especificações sobre o projeto.
Porém, a fonte ouvida pelo Bastidor afirma que, independente da participação ou não da Huawei na rede privativa, a empresa tem muito interesse em fornecer equipamentos para a infraestrutura pública será usada pela população e por empresas. Nesta quarta-feira (27), a Anatel recebeu 15 propostas de operadoras de telefonia com interesse em administrar as redes. O leilão está marcado para 4 de novembro.
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