O jogo oculto de Lula na Câmara
O deputado Hugo Motta (Republicanos) pode ter o mesmo destino do colega Elmar Nascimento (União Brasil) na disputa pelo comando da Câmara. Após ser considerado favorito, deixaria de ser protagonista na sucessão de Arthur Lira (PP).
A inviabilização de Elmar começou no Palácio do Planalto. Fontes atentas à disputa relataram ao Bastidor que o presidente Lula havia vetado o nome do baiano. O petista, como mostrou o Bastidor, mais recentemente mandou segurar as articulações da bancada do PT em torno do apoio a Motta.
O movimento foi percebido pelos dois próceres da candidatura de Motta, Lira e o senador Ciro Nogueira (PP). Ambos começaram a tratar de uma alternativa mais palatável. Sinalizaram com o deputado Doutor Luizinho, também do PP, que sempre postulou a presidência da Câmara ou um ministério, de preferência o da Saúde.
Aliados de Luizinho, por sinal, atribuem a adversários da sua candidatura a divulgação do caso do laboratório que emitiu laudos fraudulentos que resultaram no transplante de seis órgãos contaminados com HIV no Rio de Janeiro. Um dos sócios da clínica, preso pela Polícia Civil, é casado com a tia do deputado federal.
Motta ainda não conseguiu se viabilizar - nem junto ao governo, nem à oposição. É esse o motivo para Lira ainda não ter confirmado o seu apoio publicamente e manter a busca por uma alternativa. Há medições que constatam que o grupo de apoio a Elmar e Antônio Brito (PSD), nascido após o lançamento de Motta, cresceu nas últimas semanas.
Enquanto isso, Lula age nas sombras. Veta nomes em conversas reservadas e não divulga nenhum apoio. Das opções que apareceram, simpatizava com Marcos Pereira (Republicanos), que saiu da corrida. O presidente teve recentemente uma conversa com Gilberto Kassab, presidente do PSD, sobre Brito.
Lula não vetou Motta, mas o deputado nunca foi considerado seu preferido. Pesa contra o parlamentar o passado de proximidade com Eduardo Cunha e a certeza de que, caso eleito, cobrará alto a fatura da governabilidade. Sem um aval público e coibindo manifestações de aliados, Lula ainda aguarda um nome que possa ser chamado de companheiro do governo.
Só apostará em Motta se for inevitável.
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