O interesse do PCdoB na CBF
O nome por trás do interesse do PCdoB na CBF é o de Alcino Reis Rocha. Indicado pelo partido, ele foi nomeado secretário-geral da confederação pelo presidente afastado Ednaldo Rodrigues em janeiro de 2023. O cargo só está abaixo da presidência e tem sob sua responsabilidade a relação com entidades internacionais, como a Fifa e a Conmebol, com entes governamentais e com as federações estaduais e clubes filiados.
A escolha e a data do anúncio não foram por acaso, pois envolveram a eleição de Lula e a busca por um aliado do governo capaz de aproximar os presidentes da CBF e da República. Desde então, representantes da confederação se reuniram com ministros de Estado, como Flávio Dino, Alexandre Padilha, Silvio Almeida, Anielle Franco e André Fufuca e ao menos com um governador do PT, Elmano de Freitas, do Ceará.
Nos governos petistas, o PCdoB comandou o Ministério dos Esportes com Agnelo Queiroz, Orlando Silva e Aldo Rebelo. Alcino Rocha, próximo de Silva, trabalhou na pasta de 2006 até 2011, nas gestões Lula e Dilma Rousseff. Foi chefe de gabinete e secretário nacional de futebol e defesa dos direitos do torcedor.
Passou pela iniciativa privada, na consultoria KPMG, até, em 2014, voltar à esfera pública. Com Fernando Haddad prefeito em São Paulo, foi diretor e presidente da SP Turis, empresa de turismo e eventos que tem a prefeitura como sócia majoritária.
O afastamento de Ednaldo e, consequentemente de Alcino Rocha, se deu em 7 de dezembro por decisão da 21ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ). O PSD foi ao Supremo Tribunal Federal tentar reverter a decisão, mas o ministro André Mendonça rejeitou o pedido.
Agora, como mostrou o Bastidor, o PCdoB recorreu à corte para devolver Ednaldo e o seu aliado ao comando da CBF. O partido argumenta que o afastamento coloca em risco a participação da Seleção Brasileira nas Olimpíadas deste ano.
Quem vai decidir é o ministro Gilmar Mendes. Em agosto, a CBF de Ednaldo Rodrigues fechou uma parceria com o IDP (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Pesquisa), que tinha como sócio justamente o magistrado. Hoje, a instituição é comandada pelo seu filho, Francisco Mendes.
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