Nas quatro linhas do cercadinho
Pouco mais de uma hora depois de o Brasil perder a chance do hexa e de ficar sem um comício de despedida com a Seleção, o presidente Jair Bolsonaro quebrou o jejum de 40 dias num discurso a apoiadores no cercadinho do Palácio da Alvorada, nesta sexta-feira (9).
Foi a primeira vez desde a derrota de 30 de outubro, que Bolsonaro usou o espaço que se tornou tradicional em seu governo. As outras vezes em que havia se dirigido aos manifestantes fora em vídeos nos canais oficiais.
Durante cerca de 20 minutos, Bolsonaro ficou com as mãos para trás, praticamente imóvel. A mesma postura foi percebida durante os debates presidenciais, quando usava a imobilidade corporal para tentar esconder o nervosismo.
Só depois começou a falar. No discurso, fez uma série de declarações dúbias a respeito dos protestos que apoiadores mantêm em frente aos quartéis em várias cidades do país. Não criticou, tampouco pediu a desmobilização.
Para apoiadores que acompanhavam o discurso, as frases eram vistas como uma injeção de ânimo aos atos golpistas, que defendem a anulação do resultado das urnas e até intervenção militar. Apesar da derrota nas eleições Bolsonaro, disse, mais de uma vez, que "nada está perdido".
Bolsonaro também não disse em momento algum que perdeu as eleições, deixando implícito que não reconhece a derrota, ainda que o atual governo já esteja trabalhando abertamente no processo de transição. "Quem decide meu futuro são vocês", afirmou.
Também houve agradecimento aos manifestantes. "Eu só vi, ao longo de 67 anos, o povo ir às ruas para tirar o presidente. Nunca vi para ficar", afirmou. Também lembrou que é "o chefe supremo das Forças Armadas".
Em grupos de bolsonaristas nas redes sociais, o novo discurso alimentou os anseios golpistas. Nos últimos dias, com o silêncio do presidente e o avanço da equipe de transição, muitos apoiadores vinham perdendo o ânimo e reduzindo o tamanho dos atos.
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