A política na vista de Mendonça
O pedido de vista do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, para analisar por mais tempo 20 recursos relacionados ao inquérito das fake news, na sexta-feira, 12, cumpriu uma dupla tarefa. A medida adiou por tempo indeterminado recursos pautados pelo relator, Alexandre de Moraes.
Um dos motivos foi evitar uma nova vitória de Moraes. Seria um fato político que fortaleceria o ministro na semana de sua posse como presidente Tribunal Superior Eleitoral, marcada para esta terça-feira (16).
O segundo motivo foi recuperar parte do capital político perdido com o voto a favor de punir o deputado Daniel Silveira. A decisão atraiu contra Mendonça a ira dos bolsonaristas, que o chamaram de traidor.
Indicado por Bolsonaro, Mendonça é o mais recente ministro do Supremo. O inquérito das fake news é a maior preocupação de Bolsonaro, pois investiga a ele e aos filhos, além de aliados. O presidente teme ser preso.
Por causa do inquérito, o presidente já atacou divdersas vezes o ministro Alexandre de Moraes e chegou a pedir seu impeachment. Bolsonaro também tentou já enviou emissários para tentar convencer Moraes a desistir da investigação.
Juridicamente não havia motivo para o pedido de vista, ao contrário do que alegou Mendonça , segundo apurou o Bastidor com fontes do STF. A maioria dos recursos tratava de coisas simples, como remoção de vídeos e outras postagens bolsonaristas consideradas ofensivas.
Havia, sim, recursos afetando o presidente, como o que discutia a abertura da investigação. Mas eram minoria. O problema todo era político, pela possibilidade de o STF chancelar os atos de Moraes novamente.
O plenário da corte já manteve a investigação que afeta Bolsonaro, bolsonaristas e redes sociais; além da prisão e de outras medidas judiciais contra Daniel Silveira.
Mendonça não tem a mesma imagem de Kássio, tido como o ministro que mais toma decisões em favor de seu padrinho. Mas não é a primeira vez que Mendonça pede mais tempo para analisar um caso que beneficia a gestão Jair Bolsonaro. A pauta verde é o exemplo mais recente.
Recurso de Bolsonaro ao STF para reverter a inelegibilidade ficará com ex-presidente da corte.
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