Brasil cai em ranking de corrupção da Transparência Internacional
O Brasil perdeu mais duas posições e é considerado como o 96º país mais corrupto do mundo, de acordo com o ranking divulgado nesta terça-feira, 15, pela Transparência Internacional. O relatório analisa a percepção das pessoas sobre a corrupção, em 180 países. Leia a íntegra.
Dos 100 pontos possíveis na pesquisa, o Brasil marcou apenas 38. Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia, que dividem a liderança de países menos corruptos, atingiram 88 pontos. Na outra ponta, Sudão do Sul (11 pontos), Síria e Somália (13 pontos) são considerados os países mais corruptos do planeta.
Neste ano, a nota brasileira repetiu o resultado de 2021, mas o país caiu na lista porque outras nações tiveram melhora. Este foi o terceiro pior resultado já obtido pelo país, com base nos critérios adotados pela ONG.
O país ficou abaixo da média mundial, de 43 pontos. Também perde para a média da América Latina e Caribe (41 pontos) e dos Brics (39 pontos).
A melhor nota obtida pelo Brasil foi 43, em 2012. Naquele ano, o país teve também o melhor resultado na comparação com outros lugares, ficando na 69ª posição global.
Segundo a Transparência Internacional, o Índice de Percepção de Corrupção (IPC) é o mais utilizado no mundo por pessoas que trabalham em análise de risco nos setores público e privado. Com base nos resultados, é possível planejar ações para o futuro.
Fator Bolsonaro
Ao contrário do que dizem os seguidores do presidente, a Transparência Internacional considera que o governo de Jair Bolsonaro é diretamente responsável pela piora no cenário de percepção da corrupção no Brasil. Para a entidade, as investidas antidemocráticas da atual gestão refletem os números obtidos na pesquisa.
A entidade cita diretamente as tentativas de interferência de Bolsonaro na Polícia Federal, na Procuradoria-Geral da República e os indícios de corrupção descobertos pela CPI da Covid-19, que atribuiu a culpa de supostos crimes a funcionários públicos e ao próprio presidente.
Outro ponto abordado pelo relatório foi o chamado orçamento secreto, em que parlamentares fazem pedidos de investimentos sem a devida transparência, oferecendo ao governo os próprios votos, como moeda de troca. Para a Transparência Internacional, essa situação provoca insegurança jurídica e a percepção de impunidade em casos de corrupção.
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