O jogo da defesa
As defesas de Jair Bolsonaro e dos outros sete suspeitos de golpe de estado centraram seus argumentos em dois pontos principais durante a manhã desta terça-feira (25), na sessão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal que examina a denúncia da Procuradoria-Geral da República: a anulação da delação premiada do ajudante de ordens Mauro Cid e o cerceamento de defesa pela dificuldade de acesso às provas do caso.
No caso da delação de Cid, o argumento remonta a uma alegação aceita pelo Supremo no passado, de que o acordo de colaboração não foi firmado voluntariamente, mas sob coação. A base das defesas é um áudio, no qual Cid sugere que foi forçado a colaborar. Como foi feito durante a Operação Lava Jato, os advogados disseram que Cid foi coagido a colaborar porque passou muito tempo preso e que isso seria ilegal.
O advogado de Cid, Cezar Bittencourt, não entrou nesta seara. Falou pouco e afirmou que seu cliente apenas cumpriu ordens, colaborou com as investigações e contribuiu com informações relevantes.
O segundo argumento, de cerceamento de defesa, é baseado nas dificuldades que as defesas dizem ter tido para acessar a íntegra do inquérito. Os advogados afirmaram que as provas usadas contras seus clientes - áudios, transcrições, mensagens, mídias - estão espalhadas em diferentes autos. Não estão, portanto, concentradas no processo em que eles estão sendo julgados. Esta pulverização das evidências, segundo os advogados, impediu que eles tivessem acesso a todos os elementos - que podem produzir tanto provas para a PGR, quanto para as defesas.
O advogado do general Walter Braga Netto, José Luís Oliveira Lima, conhecido como Juca, foi um deles: afirmou que não teve acesso à integralidade das provas, o que teria inviabilizado a defesa.
Se a maioria da Turma aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República, os oito acusados se tornarão réus e passarão a responder a uma ação criminal no Supremo.
Governo de São Paulo mantém decisão que cassou licença da distribuidora de combustíveis SSOil
Leia MaisSupremo adia para maio julgamento de militares e policial acusados de tramar golpe de Estado
Leia MaisEmpresário terá de arcar com dívida tributária de 3,5 bilhões de reais da mineradora MMX
Leia MaisEm acordo, Eletrobras dá mais vagas em conselhos ao governo e se livra de investir na Eletronuclear
Leia MaisAgora réu, resta a Bolsonaro convoca outro ato por uma anistia que só ele quer e se dizer candidato
Leia MaisPrimeira Turma do STF aceita denúncia da PGR e torna Jair Bolsonaro réu por tentativa de golpe
Leia MaisDesembargador do TJMT será investigado por relação com advogado acusado de corromper magistrados
Leia MaisMoraes vota por aceitar a denúncia contra ex-presidente e aliados por tentativa de golpe de estado
Leia MaisSafra é multado em 2,7 milhões de reais por dar crédito consignado sem clientes pedirem
Leia MaisPrimeira Turma do STF rejeita argumentos para parar ação contra Bolsonaro por golpe de estado
Leia MaisItaú entra com terceiro processo contra CFO e cobra 6,6 milhões de reais por contratos não cumpridos
Leia MaisAssistir ao julgamento na sala do Supremo foi a forma de Jair Bolsonaro demonstrar ainda ter poder
Leia MaisCNJ afasta por dois anos desembargadora da Bahia investigada na Faroeste por venda de sentenças
Leia MaisCNJ mantém afastados um desembargador, dois juízes e um servidor do Tribunal de Justiça do Amazonas
Leia MaisMP-SP pede que donos de fintechs investigadas paguem por lavar dinheiro para o PCC
Leia Mais