O chairman de Brasília
Desde que voltou oficialmente ao comando do BTG, em abril, André Esteves é chamado de chairman - um jeito afetado de dizer que ele manda no banco. O banqueiro que caiu na Lava Jato se reergueu. Está cada vez mais rico e influente. Não esconde que quer ser o maior empresário da América Latina.
O projeto de Esteves passa por Brasília - por excelentes, diversas e leais relações com quem acha que manda em Brasília. Pouca gente sabe o tamanho do prestígio do banqueiro na capital. Nos últimos anos, tornou-se invejável. Em 2022, já é inigualável.
Hoje, não é exagero dizer: André Esteves é o chairman de Brasília.
Diretamente ou por meio de aliados como Nelson Jobim, Esteves mantém relação forte com a cúpula dos Três Poderes. Fala com quem quer no governo Bolsonaro, no Congresso e no Supremo. Aprendeu a alinhar seus interesses com os interesses dos múltiplos atores institucionais que tocam Brasília. Aprendeu a fazer amigos e a desarmar inimigos - especialmente no Judiciário e na imprensa.
Esteves tem amigos e pessoas próximas na estrutura do governo Bolsonaro. Sobretudo na área econômica. A reeleição do presidente seria menos onerosa para seu projeto empresarial e de poder. Mas uma eventual vitória de Lula não será um problema. O banqueiro já se acertou com o petista e, conforme repete a aliados, não antevê entraves aos seus trabalhos no caso de êxito vermelho.
Salvo um piparote do destino, 2023 será mais um ano de ganha-ganha para o banqueiro. Com as posições cobertas em diferentes cenários eleitorais, seguirá sua trajetória acelerada de multiplicação de capital. Bolsonaro? Ótimo. Lula? Tudo bem, dá-se um jeito. Arthur Lira e Rodrigo Pacheco gostam dele. Ministros influentes das cortes superiores, também. Augusto Aras, idem. Difícil - impossível? - é achar quem fale mal ou, imagine, cogite tomar uma decisão que possa desagradá-lo. Chairman que é chairman só tem amigos.
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