O Bolsonaro contido
Ao falar com jornalistas após o resultado das urnas na noite deste domingo, 2, o presidente Jair Bolsonaro adotou um tom conciliador, sem criticar publicamente o resultado das urnas. Chegou a dizer que entendia que houve um sentimento de mudança e insatisfação por parte do eleitorado.
O tom adotado por Bolsonaro foi responsabilidade em grande medida de seu filho Flávio, que esteve com o pai o tempo todo. Além dele, Fábio Wajngarten também orientou sobre o tom a ser adotado. A avaliação foi de que o presidente precisa compor com aliados liberais na economia e menos radicais, como o governador de Minas Gerais, Romeu Zema.
Bolsonaro, aconselharam seus auxiliares, precisa neste momento demonstrar que seu governo foi bom, apesar da pandemia e da guerra. Neste primeiro momento, o presidente ouviu. Prometeu usar a paridade de tempos no segundo turno para explicar o eleitorado sobre as qualidades de seu governo.
"Uma palavra errada joga tudo fora", disse Bolsonaro. A ver até quando Bolsonaro vai se segurar.
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