O silêncio estratégico de Bolsonaro sobre a família
Aliados de Jair Bolsonaro orientaram o presidente a não cair na armadilha de responder sobre casos que envolvam sua família nos debates eleitorais e em coletivas de imprensa este ano. O conselho é ignorar.
Nas últimas semanas, muitos veículos de imprensa publicaram reportagens lembrando os esquemas de rachadinhas apurados pelo Ministério Público nos gabinetes de seus filhos, a relação de sua ex-mulher, Ana Cristina, com o início do esquema, e até a efeméride os três anos sem qualquer explicação sobre os cheques depositados na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Os valores, somados, eram de 89 mil reais.
A orientação é que o presidente não responda. Se responder, avaliam, dará mais força à exploração de uma das áreas em que é mais vulnerável. E é amplo o campo minado.
Apesar de ter conseguido foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal, o filho zero um, o senador Flávio Bolsonaro, seu coordenador de campanha, causa constrangimentos ao pai por ter sido denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro por recolher, quando deputado estadual, parte do salário dos servidores públicos de seu gabinete e por manter funcionários fantasmas.
Já em Brasília, Flávio comprou uma mansão de 6 milhões de reais em condições consideradas fora do comum pelo Banco de Brasília, instituição pública do Distrito Federal, governado por Ibaneis rocha, um aliado do presidente Jair Bolsonaro.
Os outros filhos também são investigados. O vereador Carlos Bolsonaro é investigado por ter funcionários fantasmas em seu gabinete e de ficar com o salário dessas pessoas. Também está, com o pai e o irmão, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, na mira do STF nas investigações que apuram fake news.
O mais novo, Renan Bolsonaro, também é investigado por tráfico de influência e lavagem de dinheiro.
Diante de tudo isso, Bolsonaro concordou que é melhor evitar os assuntos de família e de amigos nos debates e em entrevistas coletivas.
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