O nome que governistas querem no lugar de Marcelo Queiroga
Ministros da ala militar do governo Bolsonaro, assim como alguns dos principais expoentes da ala civil, querem ejetar Marcelo Queiroga do Ministério da Saúde. É um desejo antigo, que cresce conforme acumulam-se as trapalhadas do titular da pasta.
Agora, já há um nome mais forte nas articulações: Rodrigo Cruz, número 2 da Saúde. Ele é ligado a Tarcísio Freitas. Trabalhava com o ministro da Infra-Estrutura. Não é do setor, mas entende de gestão pública e tem a confiança do Planalto. Cruz não fez qualquer movimento; são os aliados de Bolsonaro que se mexem.
Como todas as tratativas que envolvem mudanças no Ministério da Saúde, nada é certo. Dependem do humor oscilante do presidente, da persuasão de pessoas próximas e da pressão de seu base.
Alguns dos ministros e das lideranças que pleiteiam a mudança, com ou sem Rodrigo Cruz, frisam que de nada adianta trocar de ministro se o negacionismo de Bolsonaro prosseguir ditando os rumos do Ministério da Saúde.
A favor dos que advogam a troca e a alteração na postura do presidente, estão aqueles que enxergam com preocupação os danos eleitorais dos comportamentos de Bolsonaro e de Queiroga. "Estamos vacinando um país inteiro com a melhor vacina do mundo (refere-se ao imunizante da Pfizer) e, em vez de isso virar ativo, vira problema", diz um desses ministros.
Esse grupo de militares e ministros civis querem que Bolsonaro concentre-se em obras e no Auxílio-Brasil, de modo a reduzir a rejeição do presidente e ampliar a base de apoio dele. "O pessoal que fica gritando contra máscara e vacina de criança já vai votar na gente. Tem que ir além", afirma um militar com posição estratégica no Planalto.
O problema, como sempre, é o belicismo de Bolsonaro, que não aguenta ficar sem uma briga, uma confusão. Quando o Bastidor informou que Queiroga havia pedido para sair, a notícia foi encarada como uma ação plantada para dinamitar o presidente. (Não era.)
A esperança desse grupo que se opõe a Queiroga - que, na verdade, opõe-se ao negacionismo eleitoralmente improdutivo de Bolsonaro - é que o presidente mude de postura quanto à pandemia, em face dos números e dos relatos negativos dos políticos de sua base no Nordeste e até no Sudeste.
O centrão, é claro, apoia a mudança no tom de Bolsonaro. E a substituição de Queiroga como uma mensagem de que o presidente vai fazer mais campanha em palanque, e não em live.
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