Justiça do Rio pede extradição de Rei Arthur
A Justiça do Rio de Janeiro determinou a prisão e pediu a extradição do empresário Arthur César de Menezes Soares Filho, conhecido como Rei Arthur. Atualmente, ele está nos Estados Unidos, onde cumpre pena por compra de votos nas Olimpíadas de 2016. A medida foi comunicada à Interpol. O caso está sob segredo de justiça.
A decisão foi tomada pelo juiz Marcelo Rubioli, da 1ª Vara Criminal Especializada. O empresário é acusado de pagar propina ao delegado Angelo Ribeiro de Almeida Júnior, que comandava a Delegacia de Polícia Fazendária (Defaz). Segundo o Ministério Público, Arthur pagou 2 milhões de reais ao policial, para que ele não o prejudicasse em inquéritos que estavam em curso na delegacia.
A promotoria diz que o dinheiro foi usado para que o delegado abrisse um restaurante em Ipanema. A transferência foi feita em um pretenso contrato de empréstimo. Um delator afirmou aos investigadores que provavelmente a quantia não seria paga. Tanto que, quando a empresa faliu, Arthur não se colocou entre os credores do estabelecimento.
Quem é o Rei Arthur
O empresário conhecido como Rei Arthur ganhou notoriedade durante a gestão de Sergio Cabral no governo do Rio de Janeiro. Dono de uma empresa de serviços terceirizados, ele fechou diversos contratos com a administração estadual. No auge dos negócios com o poder público, chegou a faturar mais de 2 bilhões de reais por ano.
Além do Executivo, o Grupo Facility, de Arthur, mantinha contratos com o Tribunal de Justiça do RJ, Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado e Aeronáutica. Com o aumento das suspeitas recaindo sobre os negócios da família, ele se mudou para os Estados Unidos.
Na América do Norte, foi novamente processado, por ter pago 1,5 milhão de dólares ao filho do então presidente da Federação Internacional de Atletismo. O objetivo era garantir que o pai dele votasse a favor da realização das Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro.
Quem é o delegado investigado?
Angelo Ribeiro de Almeida Júnior é um delegado com boa circulação no meio político do Rio de Janeiro. Depois de ter sido afastado da Defaz, conseguiu ser transferido para a Assembleia Legislativa, a pedido do então presidente da Casa, Jorge Picciani.
O Ministério Público diz que a entrada dele na Casa teve como objetivo impedir investigações contra uma rede de pessoas influentes no estado.
Na decisão em que pediu a extradição do Rei Arthur, o juiz também determinou a realização de buscas e apreensões em endereços dos investigados e o afastamento do delegado das funções que ainda exerce na Alerj.
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