Aumentos para militares e policiais podem piorar crise fiscal

Arnaldo Galvão
Publicada em 21/04/2021 às 06:00
Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

O acordo que encerrou a crise do orçamento ainda não foi digerido, mas as perspectivas fiscais são pessimistas. O ano que vem, com eleições, é mais um fator contra o teto de gastos apesar de o espaço para despesas em 2022 ser maior que o deste ano. A análise é do economista Marcos Mendes, professor associado do Insper.

“Seguindo os sinais que o governo vem dando, pode-se esperar aumentos salariais para militares e policiais. O teto de gastos não acabou, mas está muito ferido”, lamenta Mendes.

A crise que paralisou Brasília nas últimas semanas revelou, na opinião de Mendes, que o governo está muito fraco no Congresso e isso representa mais risco para o teto de gastos. Ele afirma que não há o menor sinal de vontade política para o Brasil voltar a uma rota de equilíbrio fiscal.

“A condução do governo para enfrentar a pandemia foi inepta. Vários países aproveitaram a oportunidade de se unir para enfrentar uma ameaça global, mas Bolsonaro apostou no conflito”, diz o professor do Insper.

O desfecho encontrado pelo governo e pelo Congresso para o orçamento deste ano foi aprovar uma emenda à lei de diretrizes orçamentárias que autorizou o veto parcial do presidente. Na prática, significou R$ 120 bilhões de despesas extra-teto ou 1,8% do PIB, o que inclui os programas BEM e Pronampe além de gastos com saúde.

Mendes comenta que o acordo para resolver a crise do orçamento deste ano enfrentou um cenário de R$ 40 bilhões acima do teto, mas ficou definido que vão cortar R$ 10 bilhões em emendas. O ideal, segundo ele, era cortar R$ 32,2 bilhões, mas os líderes do Congresso não aceitaram. 

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